Universidade Federal de Goiás
Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação
Departamento de Pedagogia
OUÇA MÚSICA!
Folhinha Aplicada
ISSN 2595-0576
Vol. 15, Nº 68, junho/2024
AOS LEITORES
Tudo bem com você? Esperamos que sim. Dessa vez, ficará encantado com a homenagem que o Bráulio Flores fez a sua mãe pelo o Dia das Mães, em maio. Você também fez algo especial pra felicitar a sua mãe nesse dia? Que tal contar aqui, na proxima edição? Esperamos, viu? Pedro Georg fez uma pesquisa interessante, encontrou as primeiras histórias do Cebolinha. Ele caprichou para apresentar para você. E que aula bonita fizeram os estudantes do Ensino Médio! O estudo do solo e o ecossistema foi o que motivou esse trabalho, vale a pena ver o registro dela. Bem, não perca tempo! Aproveite e até a próxima edição!
CANTINHO DA LEITURA
ELA QUE ME ARRUMAVA BONITÃO ASSIM!
Não havia nada que eu não pudesse ser, nem fazer, pq eu contava com o apoio dela, na simplicidade da nossa vida.
Nessa festa junina da foto, eu sei, eu tava de arrasar corações. Repare bem: pra começar, o lápis de olho dela dançou na minha cara toda. Eu tinha minha própria monocelha, meu próprio cavanhaque ralo, meu próprio bigode chinês… ah! Vc não tá vendo na foto, mas eu tinha minha própria bucha vegetal, dependurada à direita, e meu próprio chinelão de dedo, nos meus pés cheios de pereba e mercúrio, logo abaixo dessa calça dobrada.
Eu nunca coube em mim e, graças a D’us, ela percebeu e me apoiou. Eu perguntava demais, corria demais, perguntava demais, pegava demais, perguntava demais, olhava demais, perguntava demais, cantava demais, perguntava demais, falava demais, perguntava demais, imaginava demais… Eu já disse que perguntava demais?
Ser filho de professora tem essa vantagem. Acho que, até por princípio, ela não podia censurar minhas perguntas. Então, quando eu perguntei, já chorando, no início da adolescência, pq as duas últimas mocinhas por quem me apaixonei não se interessavam por mim e pelos sorvetes para os quais as convidei, ela cuidadosamente me disse que elas não conseguiam ver o quão grande eu era por dentro.
Sempre foi assim: respostas certas.
Nesse caso, em outras palavras, ela podia ter dito, com a mesma sinceridade, que eu era cagado de feio, que só tinha orelhas ladeando um corpo que mais parecia um palito de fósforo, que eu fazia coisas estranhas como ir para a aula de capacete, que eu não usava perfume por causa da alergia e que, correndo o dia todo, eu ficava com um fedor assustador…
Ela só disse que eu “era grande por dentro”. E era mesmo. Eu nunca coube em mim e ela nunca me forçou a isso. Nós discutíamos A RAZÃO de a criptonita fazer mal ao super-homem, os motivos da solidão do Batman, a INCOERÊNCIA do Jaspion ter que trabalhar sozinho, se ele podia chamar os Changeman.
Eram debates de lógica onde não tinha a MENOR lógica, andando na rua, em voz alta e, pior, pedindo pela afirmação/opinião dos outros, em mercados, pontos de ônibus…
Além de todo amor, sacrifício (esse eu conto, em um episódio exclusivo, nos próximos anos), dedicação e proatividade para criar seres humanos que valessem a pena, minha mãe sempre me permitiu estar onde eu quisesse estar, mesmo que só na minha cabeça.
Ela entra nas minhas aventuras, se preocupa em me incentivar, compreende minhas dores e me impulsiona adiante, seja lá que direção eu tenha escolhido… pq ela confia na capacidade que me foi orientada, de escolher os caminhos do bem e do bom.
À minha mãe eu devo meu destemor em tentar, pq eu sempre tenho para onde voltar.
Em tentar… até para fazer sempre homenagens nos dias das mães, por escrito, que, por mais estranho que pareça tudo o que eu vivi, dá, a todos, a dimensão do que é ser homenageado por D’us, com uma criação fundada no amor de uma mãe que transformava nossos limites em meros detalhes, no meio de uma discussão fantástica sobre os limites que também tinham os super heróis.
Feliz dia das mães!
#PraCegoVer Um menino, de 4 anos de idade, vestido em trajes juninos simples, com retalhos costurados à roupa, sentado, usando um chapéu e com bigode e barba ralos, desenhados à lápis, no rosto.
BRÁULIO FLORES
MOISÉS QUIROGA
(CEPAE/UFG - GOIÂNIA - GO)
SAMUEL NOLETO
(CEPAE/UFG - GOIÂNIA - GO)
AURORA ECHALAR
(CEPAE/UFG - GOIÂNIA - GO)
TIRINHAS
AS PRIMEIRAS HISTÓRIAS DO CEBOLINHA, RESGATADAS POR PEDRO GEORG - 2023
DESENHOS NO FOLHINHA
ALINE VELOSO - 4º ANO A
(CEPAE/UFG - GOIÂNIA - GO)
Solos e Agroecologia na Educação Básica: o uso de maquetes e
tintas de solo no CEPAE
Recentemente, estudantes do curso de Geografia do Instituto de Estudos Socioambientais (IESA) em parceria com a Professora Izabella Peracini, docente do Departamento de Geografia, realizaram uma ação em forma de oficina didática no Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação (CEPAE) para duas turmas da 1ª série do Ensino Médio. Tal iniciativa teve como objetivo a utilização de materiais didáticos para fomentar o entendimento de conceitos sobre solos e agroecologia, por meio de atividades teóricas e práticas, promovendo o engajamento dos alunos em práticas educativas e estimulando o aprendizado ativo e colaborativo.
O primeiro dia foi dedicado a uma aula interativa sobre solos e agroecologia, onde os alunos exploraram maquetes representando as classes de solos da Região Metropolitana de Goiânia e do município de Goiânia. Além disso, para complementar o momento, foi apresentada aos estudantes uma cartilha que visa apresentar de maneira clara e acessível às diversas práticas agroecológicas e sua importância, um recurso valioso para compreender e aplicar métodos de produção agrícola que respeitam e beneficiam o solo e o ecossistema.
O segundo dia possibilitou aos estudantes uma experiência prática e criativa ao ar livre, no pátio da escola. Os estudantes tiveram a oportunidade de utilizar tintas de solo para produzir suas próprias obras de arte. Essa atividade prática não apenas consolidou os conceitos aprendidos anteriormente, mas também incentivou a expressão artística dos alunos, proporcionando uma nova perspectiva sobre a utilização de recursos naturais, como o solo.
A oficina, promovida pelas estudantes de Geografia, nas aulas da Professora Izabella Peracini, integrou teoria e prática de maneira envolvente.
As atividades despertaram o interesse dos alunos, ressaltando a importância da educação ambiental e
agroecológica no contexto escolar. Além disso, a oficina destacou o potencial dos solos como uma ferramenta educativa, promovendo um aprendizado ativo e colaborativo no CEPAE.
IZABELLA PERACINI
(CEPAE/UFG - GOIÂNIA - GO)