top of page
Vol. 10, Nº 39, Agosto/2019

Aos leitores

Nesta edição começaremos a partilhar com você uma série de curtas audiovisuais produzidos com as crianças e jovens de Melgaço, na Ilha do Marajó, no Pará. Terá a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre eles. Além disso, sugerimos aproveitar os autorretratos inspiradores e também elaborar o seu. Não perca também a Dica da Geovana, segundo ela, você fará um ótimo passeio ao largar o celular e curtir uma sala fresquinha, cheia de gibi, jogos e livros. Bem, boa leitura e até a próxima edição.   

mascote.png

ESSA CARTA VAI PARA...

Goiânia, 12 de junho de 2019,

Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação – UFG

 

Querida Marta, eu me chamo Nickolas, tenho 10 anos, estudo em Goiânia, na UFG, no CEPAE, no 5º ano A. O que eu gosto de fazer é soltar pipa e jogar bola. Durante as aulas de Português estudamos sobre futebol, seleção brasileira feminina, e lemos o seu depoimento para ONU. Eu achei difícil para você conquistar a sua carreira.

Futebol feminino é legal, muito legal. Na minha escola teve futebol feminino durante o recreio, muitas meninas da minha sala jogam futebol. Eu tenho duas amigas da minha sala que sempre trazem bola de futebol para a escola, uma faz chaleira de 2M de altura e a outra é muito boa, boa mesmo de driblar, hoje mesmo ela deu caneta em todo mundo e fez três gols.

Vou fazer umas perguntas para você: se você não jogasse bola, qual seria seu outro esporte? Qual é a sua amiga de campo? Qual seu drible preferido? E os que você não consegue?

Te convido para você vim a minha escola para conhecer melhor a gente.

Eu fiquei triste quando vi você com uma lesão na perna. Melhora Martha.

Tchau.

Um abraço.

Nickollas

Aluno: Nickollas Matheus dos Santos Machado

5º ano A Cepae/UFG

 

 

Goiânia, 12 de junho de 2019,

Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação – UFG

 

Bom dia Martha, tudo bem com você? Comigo, está ótimo. Na aula de Português estudamos sobre o jogo feminino e sobre a luta que você e a Andressa Alves levou a ser jogadora. Eu amo jogar futebol, todo dia levo minha bola pra escola, pra jogar na quadra com minha “miga” Giovana. Eu já sofri bulling sobre jogar futebol, dois meninos da minha escola falaram que somos meninas e não podemos jogar bola. Eu não estou nem aí para o que eles falam. Eu disse a eles, que a gente tem o direito de ser o que desejar. Eu acho que vou ser jogadora. Eu tenho 10 anos, e já estou sonhando em ser jogadora mundial, assim como você. Sem falar que lemos o seu discurso na ONU, achei interessante você lutar por seu desejo.

Eu acho você uma menina vencedora, por ter lutado forte e aguentar as críticas dos meninos. Aliás, quem disse que as meninas não podem jogar bola? Nós podemos sim, e somos ótimas com o nosso futebol.

Ontem na escola nossa professora Valéria de educação física teve uma ideia de organizar um jogo feminino, e meu time ganhou de 1 a 0. Tenho uma pergunta para você: qual a sua grande amiga no futebol? E qual o time que você mais gosta de jogar contra?

Tchau, adorei conversar com você pela carta.

De Emanuele para a jogadora Marta.

Beijo

 

 

Goiânia, 12 de junho de 2019,

Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação – UFG

 

Olá Marta, meu nome é Dandara, estudo no Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação, mas nós só chamamos de CEPAE, o colégio de Aplicação. Eu tenho 12 anos, e estou no 5º ano A, gosto bastante de brincar na rua de pique-pega, esconde-esconde, siga o mestre, de andar de bicicleta, queimada e voleibol.

A professora Joyce nos mostrou um texto, sobre o seu discurso na ONU MULHERES, eu achei bem legal, porque você conta sobre o que você passou até ser jogadora profissional, você fez um discurso bem bonito e emocionante. Eu te acho uma guerreira, por ter enfrentado tanto preconceito, apenas por ser uma menina que queria jogar futebol.

Eu acho muito legal a COPA FEMININA, para que as mulheres possam mostrar o seu futebol. Porque não existe nenhuma lei, e em nenhum livro que diz que mulher não pode jogar futebol.

Marta você tem filhos?

Até mais Marta, por favor responda a minha carta.

Beijo e abraço,

Da Dandara Bandeira.

 

 

Goiânia, 10 de junho de 2019,

Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação – UFG

 

Oi Marta, prazer, eu sou o Gabriel dos Anjos Stival, e estudo no CEPAE/UFG, tenho 10 anos, estou no 5º ano, e o que eu mais gosto de fazer é jogar futebol, eu treino em uma escolinha de futebol também.

Nas aulas de Português estamos aprendendo sobre o futebol feminino, que tem pessoas que são preconceituosas que acham que futebol é só para homens. Lemos sua entrevista na ONU, e seu discurso foi muito emocionante, por ter contado a sua história de guerreira que lutou para chegar aonde está hoje, com tanto preconceito sofrido.

O futebol masculino é igual ao feminino, mas as jogadoras foram muito guerreiras para conseguir a liberdade das mulheres no futebol. O direito das mulheres em jogar futebol tem que ser igual ao dos homens, porque as mulheres são livres e podem fazer o que elas desejarem, assim como meninos e homens no balé e mulher no campo de futebol. E, o criador do futebol não disse que esse seria um esporte apenas para homens.

Marta, vou fazer uma pergunta: você pode vim aqui na escola um dia se estiver com tempo livre? É Isso Marta, esse é o fim da carta. Jogue bem!

Um abraço,

Gabriel dos Anjos Stival.

 

 

Goiânia, 12 de junho de 2019,

Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação – UFG

 

Queridíssima Marta,

 

Meu nome é Sophia Matos Amorim. Eu estudo em uma escola chamada CEPAE, Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação, tenho 10 anos, estou no 5º ano B. Eu gosto muito de ler, dançar e de brincar que estou jogando futebol, gosto de ver você jogando.

Nós estudamos muito o futebol feminino, conhecemos o discurso que você fez para a ONU MULHERES sobre a sua vida e como foi difícil você ser jogadora profissional.

Eu acho que toda mulher tem o direito de jogar bola e estar onde ela quiser: como ser bombeira, bailarina, advogada, jogadora de futebol, principalmente.

Queria perguntar com quantos anos você começou a querer jogar futebol. Quem é a sua melhor amiga no time? Quantos anos você tem? Em que ano foi o seu gol mais lindo? Qual a sua comida preferida? Você tem tempo de lazer? Você é amiga de Andressa Alves? Onde você mora?

Até Marta! Foi muito legal escrever essa carta para você. Beijos e abraços. Nunca desista de lutar pelo futebol feminino.

Sophia Matos Amorim.

 

 

Goiânia, 12 de junho de 2019,

Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação – UFG

 

Olá Marta, tudo bem? Eu me chamo Laura, tenho 11 (onze), esse ano vou fazer 12 (doze), mas sou baixinha, estudo no CEPAE-UFG, na melhor escola do estado de Goiás, e estou no 5º ano A, e amo escrever histórias que eu mesmo invento.

Nas aulas de Português, e até de Educação Física discutimos sobre o preconceito que as meninas sofrem por jogarem futebol e do direito das mulheres. Lemos o seu discurso na ONU, achei emocionante o seu discurso e muito bem falado, me emocionei bastante sobre suas dificuldades para jogar, mas também fiquei muito admirada por você nunca desistir, por ser uma mulher guerreira e lutadora, por não desistir nunca dos seus sonhos.

Eu acho que nós mulheres devemos lutar por nossos direitos, e podemos fazer o que quisermos.

 

Futebol não é só para meninos, e sim, as mulheres podem jogar. Inclusive ontem, terça feira teve um jogo aqui na escola para as meninas, só para meninas, foi muito legal.

Bom, queria fazer umas perguntas: se você não tivesse ido para o futebol, qual outro esporte ou outra profissão você escolheria? Você gostaria de vim aqui nos conhecer? Bom, eu estou te fazendo um convite: quero muito que você venha nos conhecer. Acho que é isso, Marta, foi ótima nossa experiência.

Um abraço,

Lalinha

(Laura Alves de Oliveira Costa)

 

 

Goiânia, 12 de junho de 2019,

Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação – UFG

 

Olá Marta, meu nome é Maycon, eu tenho 13 anos, sou do 5º ano, e gosto de andar de bicicleta e jogar futebol. Na minha escola, nas aulas de Português aprendemos sobre futebol e vimos que tem gente que tem preconceito com o futebol feminino.

Nós lemos um texto sobre o seu discurso na ONU, eu achei muito interessante, porque você incentiva com a sua história outras meninas a jogar o futebol feminino. Eu acho o futebol feminino interessante. Porque lugar de mulher é também no campo de futebol, na quadra de basquete e etc.

Porque você não vem nos visitar aqui no CEPAE?

ASS: Maykon Marciel

Tchau.

 

Goiânia, 12 de junho de 2019,

Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação – UFG

 

“ Qual é qual é, futebol não é pra mulher.

Eu vou falar pra você mané

Joga bola no meu pé”

 

Música Jogadeira feita pelas jogadoras para a copa feminina.

 

Oi Marta,

 

Eu sou a Giovana Ramos de Oliveira Gentil, eu tenho 10 anos e estudo aqui no CEPAE ( Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação) ele fica na UFG. Eu estou no 5º ano da turma A. Eu gosto muito de jogar futebol, (no jogo feminino que tem aqui na escola o meu time ganho de 1 a 0 e o gol foi eu quem fiz, inspirado em você e na Cristiane, que fez 3 gols na estreia da copa). Eu gosto também de assistir as meninas da seleção brasileira jogar, principalmente você, (que ainda não jogou por causa da lesão na coxa, espero que você melhore) e a Cristiane. Vocês duas sãos minhas jogadoras favoritas!

Aqui na escola, na aula de português nós estamos estudando a sua história, ela emociona e incentiva várias meninas que sonham ser jogadoras profissionais, mas o Brasil machista nos machuca, quando meninos dizem meninas não podem jogar futebol, ou julgam a gente por ser apenas uma garotinha.

Quando eu vejo as meninas jogando, principalmente as garotas da seleção brasileira, eu penso sobre a história de luta e superação de cada uma delas, como a Cristiane que superou a depressão. O futebol é algo que não é só para homens, porque as mulheres são fortes e tem talento!

Bom, eu queria saber se você poderia dizer para a Cristiane que ela é linda, forte, especial? Eu gosto muito dela! A história de você duas é especial para mim.

Lá em casa, eu e meu cachorrinho gordo, o Max vibramos juntos quando a seleção brasileira feminina faz gol. No sábado eu achei a bandeira do Brasil que estava sumida aqui em casa, resolvi coloca-la na sacada do meu prédio por causa da copa feminina, e reparei que ninguém (diferente da copa masculina, que eles vendiam bazucas e mascotes no sinaleiro e agora não tem nada... é bem decepcionante a situação do Brasil).

Bom Marta, eu queria poder te abraçar, e dizer para você, de mulher para mulher o tanto que você me inspira e me dá forças (mesmo não estando aqui) quando meninos também não me deixam jogar, mas eu sei que com muita luta, nós meninas, podemos mudar o Brasil, mudar o mundo. Se você pudesse vir para cá, todos nós íamos ficar felizes. Estou aguardando!

Beijos Marta, te amo, tchau!

Giovana Ramos

Goiânia, 22 de setembro de 2019

Léo, obrigado por me ensinar a estudar o que eu não sabia. Agora seja bem-vindo de novo À escola você é um exemplo para nós!

Wallace Rodrigues

Goiânia, 22 de setembro de 2019

Para o Professor Leonarlley

De uma aluna Yasmin Vitória

Oi Professor Léo eu sou a aluna mais bagunceira, divertida e inteligente. Eu queria te agradecer pelo senhor dar atenção e inteligência. Eu sei que o senhor briga e conta história pra gente que somos alunos, mas eu entendo o que você faz é para o nosso bem e eu considero você como um pai pra mim e todo mundo da minha sala gosta do senhor. Eu acho você muito lindo, legal, divertido e estudioso etc. Professor, não esqueça da gente porque nós amamos você.

Yasmin Vitória Ferreira Dias

Goiânia, 22 de setembro de 2019

Professor, Espero que você seja legal. Sou novata para o senhor e o meu primeiro dia. Eu já conheci a Yasmin porque o pai dela é primo do meu pai. Então ela me contou algumas coisas e eu acho que você é legal.

Evelyn

Goiânia, 22 de setembro de 2019

Professor, Você é o que da aula melhor. e também é para você trazer presentes para mim e para os meus colegas, nós estamos ansiosos. 

Alane Ferreira da Silva

De sua aluna

Goiânia, 22 de setembro de 2019

Professor você é uma pessoa compreensiva e uma pessoa muito boa que me compreende com as minhas falhas como aluno. Professor, te entrego esse cartão te agradecendo que você me compreende. Obrigado professor Leonarlley.

Paulo Gabriel Borges de Oliveira

Goiânia, 22 de setembro de 2019

Para meu Professor Léo.

Professor Léo, eu estou muito bravo com o senhor. Por que você não me levou para Porto de Galinhas? Eu vi sua apresentação do Folhinha e foi muito boa.

Marcos Felipe.

Goiânia, 22 de setembro de 2019

Para o meu professor.

Léo, quando eu crescer eu vou ser inteligente igual a você e eu vou criar o meu site, estudar para ser muito inteligente e ir para o lugar que você foi e falar sobre o meu site.

Kauan Machado

Goiânia, 22 de setembro de 2019

Para o Professor Leonarlley.

Oi professor. Eu já estava com saudades do senhor. Como foi lá? Eu e os meninos estávamos com saudades. Eu fiz essa carta para o senhor. Obrigado por tudo. A professora Joyce ela é muito legal e gostou da nossa turma. Beijos para o melhor professor do mundo.

Com amor,

Sarah

PARA SABER MAIS

METODOLOGIAS ATIVAS: A UTILIZAÇÃO DE MAPAS MENTAIS

Orientação do Trabalho: Prof. Ricardo Ferreira Vale

Colégio Unifemm/Sete Lagoas -MG

CLIQUE NO ÍCONE ABAIXO PARA LER O RESUMO DO TRABALHO

DICAS DO FOLHINHA

Chega de celular! 

Vá  para a Gibiteca Jorge Braga. Lá tem ar condicionado, livros e muitos gibis.

O ambiente é bom.

 

Geovana  de Souza Gomes

1º ano dos Anos iniciais - Cepae/UFG

 

Endereço: Gibiteca Jorge Braga

                  Praça Cívica 

                  Bairro Central de Goiânia 

Fotógrafa: Conceição Aparecida Gomes da Silva

DESENHOS NO FOLHINHA

CURTA-METRAGEM

Praia do Jambre

Ficha Técnica:

Produção - VISAGEM/UFPA

Filmagem e Captação de Som - Alessandro Campos, Lorena Costa e Michel Ribeiro

Montagem e Finalização - Michel Ribeiro

Edição de Som - José Lucas Neves

Fotografias - André Farias e Agenor Sarraf

Trilha Sonora - Mestre Solano - O Som da Amazônia

QUEM FEZ ESTA EDIÇÃO:

Maria Alice de Sousa Carvalho Rocha, Leonarlley Rodrigo Silva Barbosa, Joycelaine Aparecida de Oliveira, Ricardo Ferreira Vale.

bottom of page