Universidade Federal de Goiás
Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação
Departamento de Pedagogia
OUÇA MÚSICA!
Folhinha Aplicada
ISSN 2595-0576
Vol. 9, Nº 34, Março/2018
Aos leitores
Que alegria! Agora contamos com mais parceiros e leitores! Nesta edição você vai conhecer o vídeo da Escola Municipal Jalles Machado de Siqueira produzido para problematizar os preconceitos nas relações étnico-raciais. Vale à pena vê-lo. O Folhinha também traz uma discussão sobre a alimentação que surpreenderá você, realizada pelos estudantes de Nutrição da Universidade Federal de Goiás no Cepae. E também temos um desafio: Quem tem uma foto com a professora Soninha do Cepae/UFG? Envie para nós. Prepararemos uma surpresa na próxima edição.Tem muito mais, abra logo as editorias e confira. Até a próxima.
Você sabia?
QUANTO DE AÇÚCAR VOCÊ CONSOME?
Texto dos alunos do 6º período da Faculdade de Nutrição/UFG:
Déborah Rangel da Silva
Heloísa Fernanda Martins de Souza
Jaqueline Aguiar Fleuri
Jordana de Souza Ferreira
Lys Ane Souza Araújo
Maria Clara D'Alcântara Pereira
Vinícius Ferreira Miguel
Orientadora:Maria de Fátima Gil
Disciplina: Educação Alimentar e Nutricional II
Açúcar são carboidratos presentes em vários alimentos, sendo que a forma comumente encontrada do açúcar é o açúcar livre. Açúcares livres se referem aos açúcares adicionados aos alimentos e bebidas pela indústria, cozinheiro ou consumidor e também açúcares naturalmente presente em mel, xaropes e sucos de fruta.
O consumo elevado de açúcar está associado a alterações metabólicas no organismo que acarreta no aparecimento de algumas doenças, incluindo a cárie dental, o ganho excessivo de peso, doenças cardiovasculares e diabetes.
De acordo com a OMS, crianças que consomem grande quantidade de bebidas adoçadas com açúcar, são mais propensas a ter excesso de peso do que crianças com uma baixa ingestão de bebidas adoçadas com açúcar
Por isso, é recomendado que o consumo de açúcar adicionado não ultrapasse 10% das calorias consumidas por pessoa, por dia.
Para reduzir o consumo de açúcar algumas práticas podem ser adotadas, como : estar atento aos rótulos dos alimentos pois, o açúcar está indicado na tabela nutricional como carboidratos e na lista de ingredientes está inserido como sacarose, glicose, xarope de malte e etc ; preferir sempre comida de verdade, por exemplo: Se você consome diariamente sucos de caixinha, procure substituí-lo por sucos naturais, polpas de frutas ou comer a própria fruta. Assim o uso de produtos industrializados que contém grande quantidade de açúcar será menor, sendo melhor para sua saúde.
Referências:
IDEC- Açúcar nos alimentos processados: como e por que reduzir? Disponível em :https://www.idec.org.br/em-acao/artigo/acucar-nos-alimentos-processados-como-e-por-que-reduzir
WORLD HEALTH ORGANIZATION - WHO. Global strategy on diet, physical activity and health: childhood overweight and obesity. Genebra: World Health Organization, 2014.
ESSA CARTA VAI PARA...
Goiânia, 28 de novembro de 2017,
Olá Milton Nascimento,
Eu sou a Marina, tenho 8 anos de idade e moro em Goiânia-GO, estudo CEPAE-UFG, eu adoro a minha escola e os meus amigos e amigas. Desde quando eu tinha 2 anos de idade que eu adorava música. Quando eu completei 4 anos, a minha avó me mostrou a Sandy e o Junior, e eu adorei a música deles. É tão encantador! Eu amava eles e amo até hoje, mas aquela música me fez cantar e saber a voz que eu tenho. Todos dizem que eu canto bem, mas eu não sei.
Milton, gostaria de lhe conhecer melhor, a professora Joyce, de Português nos mostrou duas músicas sua, que foram: “canção do sal” e “ bola de meia, bola de gude”. Quando cheguei em casa, falei assim:
Eu: “ Mãe, você conhece o Milton Nascimento?
Mãe: “ Sim, eu adoro umas das músicas dele, ela se chama ‘canção da América’ !!!”
E eu também adorei a sua voz, ela é linda!!!!
Eu te contei tudo isso, mas o que queria mesmo é te convidar para vir aqui no CEPAE. Venha nos visitar, por favor! Quero lher ver, mas quero que você venha aqui para cantar e contar a sua história .
Venha!!!!
Um grande abraço de Marina
Marina Vitória Silva Pinheiro
3º ano A Cepae/UFG.
Goiânia, 28 de novembro de 2017,
Olá Milton Nascimento,
Meu nome é Sophia Matos Amorim, tenho nove anos, estudo em uma escola que se chama CEPAE/UFG.
Eu adorei as suas músicas “ Canção do Sal” e “ Bola de meia, bola de gude”. Nós escutamos nas aulas de Português. Eu também já fiz 4 músicas: a primeira foi “Roupa no varal”, a segunda “ Boa noite irmãnzinhas”, a terceira “modos”, a quarta “ a música da banda”, e por falar em banda, eu tenho uma banda, que na verdade é uma dupla que eu faço com a minha irmã Sarah, que toca a bateria ( potes de brinquedo) e eu uma guitarra (um cavalo de pau).
Eu queria o convidar para vir a nossa escola, cantar e fazer um relato pessoal da sua vida e quero lhe avisar que aqui na sala não temos preconceito não! Espero te prometer isso!
De Sophia A. para Milton Nascimento,
Um abraço.
3º ano A Cepae/UFG
Goiânia, 28 de novembro de 2017
Querido Milton Nascimento,
Eu sou a Maria Eduarda, tenho 9 anos, nasci dia 29 de dezembro de 2007, estudo no CEPAE/UFG, eu sou do 3º ano A, sou aluna da Joyce, professora de Língua Portuguesa. Sou uma admiradora das suas músicas “ Bola de meia, bola de gude” e “ Canção do Sal”, gostei muito, mas muito delas. Quando a professora Joyce, mostrou as músicas para mim e meus colegas, todo mundo da minha sala bateu palmas quando acabou. Parabéns pelas suas músicas maravilhosas, são lindas essas músicas.
Milton, vou te fazer um convite para você vir até a minha sala para você cantar e contar sobre você.
Atenciosamente,
Maria Eduarda Rinaldi Gervásio.
Olá Milton Nascimento,
Eu me chamo Liv, eu amo a arte, a que eu mais gosto é o desenho e a pintura.
Eu estudo no CEPAE-UFG. Tenho 9 anos e já sou interessada em você.
Meu pai e eu gostamos muito, muito do seu CD “ Clube da Esquina” e nós temos o um e o dois.
Eu gosto muito das suas músicas, e eu queria te fazer um convite!!!
Milton Nascimento,
Eu o convido para vir ao CEPAE/UFG para contar a sua história para nós e quem sabe até cantar algumas músicas.
Eu espero que aceite.
Amigavelmente,
Liv de Pellegrin Antunes
3º ano A Cepae/UFG.
Memórias
MINHA PRIMEIRA PROFESSORA
Texto e ilustração: Bianca Moreira ( 3º ano A) - Cepae/UFG
A professora que mais marcou minha vida foi a professora Soninha do Cepae/UFG. Com ela eu aprendi muitas coisas como ler e escrever textos corretamente. Ela contava muitas histórias divertidas e interessantes na sala de aula e lá na biblioteca.
Um dos momentos que eu não esqueço é quando ela nos ensinou a fazer a pipa pra soltar e apresentar no Festival do Pipoesia no colégio.
Ela é uma pessoa alegre, gentil, bondosa, carinhosa com as crianças. Sempre me lembrarei da minha primeira professora com muito carinho e saudade.
PROFESSORA SÔNIA
Texto: Giovana ( 3º ano A) - Cepae/UFG
O que me marcou sobre a professora Sônia foi o carinho e a maneira divertida de ensinar que só ela tem. Sempre entrava na sala falando assim: "Bom dia maricotas e maricotos, como vai a sua tia?" Ela era super legal e me ensinou a melhorar minha escrita e leitura. Minha professora de língua portuguesa. Eu fiquei com ela no 1º e 2º ano depois só nos víamos nos corredores de vem em quando.
MINHA PROFESSORA ESPECIAL
Texto: Anuar ( 3º ano B) - Cepae/UFG
Minha professora escolhida é a professora Sônia. Na verdade o nome dela é Sônia,mas por ela ser baixinha e muito carinhosa todos a chamam de Soninha.
Ela foi minha professora no 1º ano B e com ela aprendi muita coisa além da matéria. Uma das coisas em comum que gostamos são plantas. Todas as vezes que nos encontramos conversamos sobre as plantas.
Tenho um carinho muito grande por ela e ela por mim. Quando uma pessoa me xingava fazendo bullying ela me ajudava. Espero que ela fique na escola por muitos e muitos anos.
VOCÊ SABIA?
VOCÊ SABE O QUE MAPA MENTAL?
Andressa Lopes (7º ano do E.F - Colégio Expressão Jr. - Aparecida de Goiânia – Go)
Os mapas mentais são ferramentas incríveis que nos auxiliam a compreender os vários conteúdos estudados de maneira fácil, utilizando diversos itens como cores, desenhos, palavras-chave e uma linguagem que seja mais acessível ao estudante. Nesse tipo de ferramenta, que é como um resumo, o propósito é fazer conexões da matéria com outros tipos de recursos visuais da maneira que o estudante preferir, para que funcione como um guia pessoal e para que se torne mais fácil lembrar do conteúdo estudado, já que possui uma linguagem mais simples e, por possuir muitas cores e figuras, facilita a associação e a memorização do conteúdo estudado.
No meu caso, os mapas mentais são perfeitos, pois consigo recordar o que escrevi facilmente e posso depositar neles toda arte que me encanta. Tendo em vista que sempre gostei de desenhar, pintar e tudo que envolva a arte, resolvi juntar duas coisas que eu amo fazer, estudar e recursos artísticos.
DICAS DO FOLHINHA
O filme que assistimos se chama “Os Goonies” feito nos Estados Unidos no ano de 1985, classificação livre com duração de 114 minutos e o diretor é o Richard Donner do gênero comédia, aventura e família.
Os meninos encontraram um mapa do tesouro no sótão da casa onde moravam. Eles foram atrás do tesouro. No caminho havia um restaurante, entraram e encontraram três bandidos. No meio da aventura as crianças passaram apuros com muitas armadilhas. No final elas chegaram ao tesouro que estava dentro de um navio de piratas abandonado. Os ladrões foram atrás das crianças que descobriram que havia um tesouro.
O filme é muito legal porque é engraçado tem muitas emoções, aventuras e que o monstro do bem ajudou as crianças escapar dos bandidos. Toda família pode assistir porque é livre para todas as pessoas.
Turma D2 – matutino da Escola Municipal Nossa Senhora da Terra. Dia 14/03/2018.
ASSISTA O VÍDEO "PROJETO AFRICANIDADE" DA ESCOLA MUNICIPAL JALLES MACHADO DE SIQUEIRA
PROJETO AFRICANIDADE
Renata Lorena Vilela Aguiar
Professora de Educação Física na Rede Municipal de Ensino de Goiânia. Aluna do Programa de Pós-Graduação em Ensino na Educação Básica – CEPAE/UFG.
Solon Pereira de Castro
Professor de História e Geografia na Rede Municipal de Ensino de Goiânia. Especialista em História do Brasil, Local, Regional e Nacional – FCHF/UFG.
A Lei 10.639 de 2003 versa sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira, ressalta a importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira e dá outras providências. A cada ano, crescem em todo o Brasil as comemorações ligadas a esse dia em meio ao conjunto da sociedade brasileira, ainda injusta e discriminadora, onde o foco das discussões é quase sempre casos de preconceito, racismo e injustiças sofridas pela população africana e afrodescendente ao longo da história.
A abordagem da história e cultura dos povos indígenas e da África e das populações afro-brasileiras na sala de aula, mexe com aspectos profundos e cristalizados nas relações étnico-raciais no Brasil. Assim sendo, a educação das relações étnico-raciais impõe aprendizagens entre brancos e negros, trocas de conhecimentos, quebra de desconfianças, projeto conjunto para construção de uma sociedade justa, igual, equânime. (BRASÍLIA, 2006, p. 14).
Entendemos que essa discussão não pode ser feita de forma simplificada, para isso procuramos enfatizar a contribuição do negro na formação cultural brasileira, e ao mesmo tempo promover uma valorização das características étnico-raciais dos afrodescendente destacando a presença marcante do negro na história e na formação do povo brasileiro.
Utilizamos, nas aulas de Educação Física, História e Geografia, textos, vídeos, músicas, filmes, depoimentos, danças, artes, para desenvolvimento de atividades, todas elas tendo como elemento central a cor da pele e o cabelo, procurando sempre valorizar esses dois elementos.
Destacamos para os alunos que “Consciência Negra” é mais do que um relato sobre os problemas; é um olhar no espelho e um olhar para o outro com o objetivo de observar e apreciar a beleza da nossa diversidade; gostar da cor da nossa pele, do formato do nosso nariz e da textura do nosso cabelo; valorizar a nossa música e todas as artes. O tema preconceito foi introduzido então de forma a levar os alunos a percebê-lo em suas formas “sutis” de manifestação e ao mesmo tempo levá-los a sentir orgulho das suas origens. Portanto, “A divulgação e produção de conhecimentos, a formação de atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimento étnico-racial” (BRASÍLIA, 2006, p. 10).
A questão do cabelo como expressão de identidade é marcante na maioria dos povos principalmente entre africanos, aqui no Brasil sempre foi obscurecida devido o preconceito. A base da discussão foi a expressão: “meu cabelo não é ruim, ruim é seu preconceito”. Incentivamos os alunos a fazerem corte ou penteados de acordo seu tipo de cabelo para serem fotografados, a partir disso fizemos um painel com suas fotos enfatizando e valorizando as diferenças.
Por fim, fizemos o vídeo[1] utilizando como trilha sonora a música “Ô Preta”, do grupo Côco dos Pretos, até então desconhecida pelos estudantes, cujo refrão é “seu cabelo não é ruim, seu cabelo é uma beleza”. O resultado foi a elevação da autoestima dos alunos.
REFERÊNCIAS
BRASÍLIA. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília/DF: MEC, 2006. Disponível em: http://www.acaoeducativa.org.br/fdh/wp-content/uploads/2012/10/DCN-s-Educacao-das-Relacoes-Etnico-Raciais.pdf
BRASIL. Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm
O projeto foi desenvolvido na Escola Municipal Jalles Machado de Siqueira, Goiânia-GO. O vídeo foi dirigido e produzido pelos professores: Renata Lorena Vilela de Aguiar e Solon Pereira de Castro. Participaram da produção os alunos: Adryan Ferreira Miranda; Lara Neris de Jesus; Vitória Aparecida Matos; Thays Alyne Lemes; Beatriz Alves F. dos Santos; Nathália Vitória Antunes; Rhuan Cláudio B. Oliveira; Karine R. de Oliveira; Washington Chrystian; Echeli Gabriely M. Gomes; João Paulo S. Pereira; Camila de Moura A. Sousa; Marcos Costa Silva; Paulo Henrique de Jesus; Melyssa Gomes B. Nascimento; João Pedro Souza Santos; Maria Eduarda P. Santos
HISTÓRIA EM QUADRINHOS
QUEM FEZ ESTA EDIÇÃO:
Maria Alice de Sousa Carvalho Rocha, Leonarlley Rodrigo Silva Barbosa, Jailson Silva, Joyce Oliveira, Kelly Bianca Clifford Valença, Renata Lorena Vilela Aguiar, Solon Pereira de Castro.